A TRAGÉDIA DO "JAKOB MAERSK", EM LEIXÕES!

Uma das âncoras que foi preservada para memória do
acidente e que pertencia ao petroleiro sinistrado.

A placa comemorativa da tragédia com inscrições em
inglês e português.

* O "JAKOB MAERSK" foi um petroleiro dinamarquês que chocou com um banco de areia no dia 29 de Janeiro de 1975, quando manobrava para entrar no porto de Leixões, causando uma catástrofe ambiental. A embarcação havia sido construida no ano de 1966 e pertencia à Companhia de Navegação Maerksline. O seu comprimento total era de 261,81 metros e a tripulação compunha-se por trinta e duas pessoas. 
* Nessa altura o petroleiro transportava oitenta e oito mil toneladas de petróleo bruto que iria descarregar no terminal petrolífero do porto de Leixões, na freguesia de Leça da Palmeira e concelho de Matosinhos. Quando procedia às necessárias manobras embateu num banco de areia, o que causou de imediato uma enorme explosão e o subsequente incêndio que durou alguns dias. A explosão rompeu o navio para além de causar o derramento do petróleo bruto para a água. Do sinistro veio a  resultar a morte de seis dos seus tripulantes.
* A contenção do derramento de óleo começou com a colocação de uma barra flutuante na entrada do porto. Uma barreira de palha foi colocada ao redor do naufrágio para, de uma forma breve, conter o derramento enquanto os rebocadores da APDL (Administração dos Portos do Douro e Leixões) e outros barcos da Marinha espalhavam dispersantes.
* Logicamente que as praias locais foram amplamente afetadas. Estima-se que quinze mil toneladas de petróleo foram arrastadas até trinta e dois quilómetros do litoral, tendo sido encontrados vestígios de hidrocarbonetos em praias a cinquenta quilómetros do local do acidente. A praia mais afetada foi a orla imediatamente adjacente à destruição, onde a limpeza começou com a remoção da camada superior da areia e a aplicação de dispersantes. Entretanto, e também por força das marés, o navio veio a partir-se em dois, afundando-se a parte da popa, sendo a proa arrastada até aos rochedos junto ao Forte de São João Batista (o Castelo do Queijo), onde se manteve por cerca de três anos a apodrecer.
* Os danos ecológicos pareciam estar limitados. Apenas meia dúzia de aves cobertas de óleo foram descobertas durante a primeira semana nas praias mais próximas. Falta dizer que a embarcação ardeu por mais de dois dias. Não houve aparentemente qualquer efeito prejudicial sobre os peixes locais, embora uma diferença temporária fosse notada no paladar. Algas e moluscos mortos foram encontrados, tendo porém, o crescimento sido retomado logo em seguida, voltando as populações aos níveis normais.
* O custo da catástrofe foi estimado em 2,8 milhões de dólares pela comunidade internacional, Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE).
* Terá sido este o último grande acidente marítimo ocorrido junto ao litoral com petroleiros que demandam o porto de Leixões. 

Write in Gondomar (Oporto), Portugal
by "texasselvagem"
October.2012. 

Comentários

Anónimo disse…
Não julgo que a proa tenha estado somente 3 anos em frente ao Castelo do Queijo...
Anónimo disse…
como já foi dito a proa teve muito mais que 3 anos no castelo do queijo
Anónimo disse…
Cerca de 20 anos

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