CAPELA DOS ALFAIATES - PORTO, A MINHA TERRA NATAL
* Considerada monumento nacional, tem como principal interesse o fato de constituir a marcação, no Norte de Portugal, da transição do estilo arquitetónico tardo-gótico para as novas formulações maneiristas de inspiração flamenga.
* SÃO BOM HOMEM e NOSSA SENHORA DE AGOSTO foram os padroeiros e protetores da Confraria dos Alfaiates e a imagem da primeira era, no início do século XVI, venerada no primeiro andar de uma casa junto à Sé, cujo piso térreo servia de celeiro ao cabido.
* No ano de 1554, iniciou-se a construção de uma nova capela frente à fachada principal da Sé do Porto, em edifício cedido à Confraria pelo bispo Dom Rodrigo Pinheiro. Onze anos depois, só as paredes tinham sido levantadas e, com o empenho do prelado, o mestre-pedreiro Manuel Luís contratou com a Irmandade a conclusão do templo.
* No ano de 1853, a capela teve obras de beneficiação, promovidas pela Associação dos Alfaiates. Foi considerada monumento nacional no ano de 1927, tendo, em 1935 e devido às obras de demolição programadas para a abertura do Terreiro da Sé (ex-Largo Dom Afonso Henriques), sido expropriada pela Câmara Municipal do Porto.
*N ano de 1953, foi redificada na sua arual implantação, no Largo Ator Dias, entre as Tuas do Sol e de São Luís, sendo que pela mesma época foram restaurados, pelo pintor Abel de Moura, os painéis da Epístola, os quais representam a ANUNCIAÇÃO, a ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS, a VISITA DE SANTA ISABEL, a NATIVIDADE, o MENINO JESUS entre os Doutores e a Fuga para o Egito.
* A visitação é diária, no período da tarde.
* A capela de planta retangular, abre para o exterior por um portal ladeado por duas colunas corintías caneladas assentes em pedestrais, sendo o portal rematado por um nicho com decoração flamenga, desenhado por Manuel Luís, em que se abriga uma imagem de barro de Nossa Senhora de Agosto.
* No interior do templo, iluminado pela grande janela rasgada na fachada, a abóboda elevada sobre o espaço quadrado da nave é de cruzaria tardo-gótica, mostrando já motivos ornamentais maneiristas.
* Um arco-cruzeiro de volta-redonda, assente em pilastras jónicas, separa a nave da capela-mor, sendo esta coberta por uma pequena abóbada de canhão, com dois tramos formados por caixotões de granito que arrancam de mísulas clássicas.
Compilado em Gondomar, por "texasselvagem".
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